Não há lugar prá Jesus (Por Lóide M. Oliveira)
“E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” Lc 2.7
Faltam 13 dias para a comemoração do Natal de Jesus. Fui convidada a participar de um culto. O louvor foi lindo, a igreja cantou maravilhosamente, todos estavam vestidos lindamente e uma bela orquestra acompanhou os hinos da congregação. Chegou o momento da pregação da Palavra. Meu coração ansiava por ouvir o recado de Deus prá minha vida. O pregador leu alguns versículos de Miquéias 5. O exórdio foi até razoável até que ele começou a falar de outras coisas de menor importância. Da fulana, do cicrano, do que fulano fez e aconteceu. Todos deram risadas do seu jeito cômico de falar. O texto foi esquecido. O meu coração se perturbou de tal forma que saí antes que aquele discurso humanista terminasse e me encaminhei a outra igreja quase na mesma rua. Pensei: Quem sabe nessa igreja pentecostal vou ouvir de Jesus. Que nada! O dirigente falou do churrasco do dia anterior. As irmãs gargalhavam das piadas do pastor sobre o tal “programa carnal”. Saí da igreja dizendo ao recepcionista à porta: Vim ouvir falar de Jesus e não ouvi. Continuei a minha procura por ouvir de Cristo. Numa rua próxima havia mais uma igreja. Lá fui eu. Entrei e mais uma vez o pregador falava apenas sobre os feitos do Diabo e nada de Jesus!!!! Depois de alguns minutos me levantei e falei mais uma vez ao recepcionista à porta: Passei por duas igrejas, vim aqui ouvir de Jesus e percebi que não há lugar para Ele nem nas nossas igrejas, vou ler a Bíblia e orar em casa. Ao caminhar na direção de minha residência, vi um jovem assustado na esquina. Ele mostrava-se perturbado. Aos prantos comecei a falar com ousadia do amor de Jesus por ele e de sua missão ao se entregar na cruz por nós. Falei-lhe do Natal, o que representa; que Jesus quer morar na vida dele, mas que não há lugar para o Salvador na vida dos homens. Ele mostrou-se mais assustado ainda quando perguntei seu nome e pedi para orar por sua vida e pela minha também. Depois de orar, fui a minha casa, peguei um “Cada Dia” de Natal e um pedaço de bolo e os ofereci ao rapaz com a promessa de orar por ele todos os dias até que Deus o restaure. Só depois descobri que este jovem é viciado em drogas e estava precisando muito da mensagem libertadora do evangelho da paz.
Ao contar estes fatos para o meu marido e minha filha concluímos que realmente não há lugar para Cristo, nem mesmo nas nossas igrejas!
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